A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) apresentou, no último dia 17 de março, no Centro de Inovação Tecnológica (CIT) de Novo Hamburgo/RS, um panorama do mercado para calçados no Brasil e no mundo. O objetivo do encontro foi auxiliar gestores e representantes da empresa, com dados relevantes e projeções, a traçar estratégias comerciais assertivas no curto e médio prazos. O evento na Killing SA foi uma das contrapartidas previstas para o patrocínio da Killing a produtos da entidade calçadista. 

Na oportunidade, a coordenadora de Inteligência de Mercado da Abicalçados, Priscila Linck, falou sobre o cenário macroeconômico e também sobre o setor calçadista nacional. Com 5,2 mil produtoras de calçados, a indústria nacional é a maior do Ocidente, com uma produção estimada em mais de 890 milhões de pares, dos quais quase 100 milhões são exportados para 160 destinos. Apesar da força do setor, Priscila ressaltou que a indústria tem sido ameaçada pela concorrência predatória com os asiáticos 

Segundo Priscila, o mercado interno, que alavancou a produção ao longo do ano passado, deve arrefecer em 2025, especialmente diante das elevações na taxa de juros, inflação e endividamento das famílias, que já ultrapassa 76%. A economista destacou, ainda, que o crescimento do PIB brasileiro deve desacelerar, com uma previsão na casa de 2,3%, conforme a OCDE. “Mais de 60% do PIB brasileiro é composto pelo consumo das famílias, sendo que o nível de endividamento e a alta taxa de juros devem ter impacto no consumo de produtos não essenciais, caso dos calçados ao longo de 2025”, concluiu.

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