Crescimento da produção, de mais de 5%, está ligado ao aquecimento do mercado doméstico
Dados elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) apontam que a indústria calçadista nacional produziu, entre janeiro e outubro, mais de 760 milhões de pares de calçados, 5,1% mais do que no mesmo período do ano passado. O recorte de outubro registra um crescimento de 6,9%, o equivalente a 92 milhões de pares produzidos.
O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, destaca que o crescimento é uma boa notícia para o setor, mas acontece ainda sobre uma base fraca de 2023. “Em 2023, perdemos 2,3% da nossa produção em relação a 2022. Então, estamos falando de crescimento sobre uma base mais fraca em 2024”, explica o dirigente. Por outro lado, em 2025, a projeção do setor aponta para um crescimento de cerca de 2% na produção, o que faria com que a indústria calçadista recuperasse as perdas registradas com a pandemia de Covid, em 2019. “A projeção é de que, em 2025, produzamos mais de 904 milhões de pares - em 2019, foram produzidos 899 milhões de pares”, prevê.
Empregos
Com o crescimento da produção, embalada especialmente pelo consumo aparente no ambiente doméstico - o que abrange também calçados importados -, que cresceu 10% no período de janeiro a outubro, o nível de empregos também aumentou. Entre janeiro e outubro, a indústria calçadista criou mais de 15,3 mil empregos na atividade, encerrando o período com um total de 295,5 mil pessoas trabalhando no setor, índice 1,3% inferior ao registrado no mesmo mês de 2023.
Os estados que me empregam no setor são: Rio Grande do Sul, que criou 1,6 mil postos na atividade entre janeiro e outubro e encerrou o mês dez com estoque de 84,56 mil empregos diretos (-4,8% ante mesmo intervalo de 2023); Ceará, que criou 5 mil postos e tem estoque de 70,32 mil empregos diretos (+3,3% ante 2023); Bahia, que criou 988 postos e tem estoque de 41,78 mil empregos diretos (-1%); e São Paulo, que criou 4,34 mil postos e tem estoque de 34 mil empregos diretos (+0,5% ante 2023).
Confira as tabelas completas (Produção/Emprego) aqui.